A “Heart Rythm Case Reports”, revista científica da Sociedade do Ritmo Cardíaco (Heart Rhytm Society), publicou, a 9 de outubro, o estudo sobre o caso de um doente cardíaco tratado pelas equipas de Cardiologia e de Radio-Oncologia do Hospital da Luz Lisboa através da técnica de radioablação estereotáxica de arritmia (STAR, na sigla inglesa). Foi a primeira vez que a STAR foi usada em Portugal, constituindo uma abordagem relativamente nova e não invasiva para o tratamento de taquicardia ventricular resistente ou que não pode ser tratada através de ablação por cateter. O estudo agora publicado foi elaborado no âmbito de uma investigação que é financiada pelo programa “Luz Investigação”, do Hospital da Luz Learning Health, destinada a projetos nas unidades do grupo Luz Saúde. São autores do estudo os cardiologistas Ana Leonor Parreira , António Miguel Ferreira , Diogo Cavac o e Pedro Adragão , o radio-oncologista Francisco Mascarenhas e a física médica Sara Germano. A taquicardia ventricular é responsável por cerca de metade das mortes em doentes com cardiopatia estrutural. A ablação estereotáxica constitui uma nova oportunidade de tratamento para estes doentes , especialmente aqueles em que se verifique falência da terapêutica de ablação por cateter ou em que esta esteja contraindicada. Nas conclusões do trabalho agora publicado, a equipa relata que o recurso à técnica STAR teve um impacto positivo para o doente em causa. O artigo – com o título “Defining the target for stereotactic radioablation of ventricular tachycardia: the combination of cardiac imaging and electrocardiographic information matters” – pode ser lido em AQUI .