Fora das exigentes horas de trabalho no bloco operatório do Hospital da Luz Setúbal, o enfermeiro Celso Pires Ribeiro dedica-se à fotografia, um passatempo que surge do “gosto pessoal pelo sentido estético que existe nesta forma de capturar e eternizar momentos e emoções únicas”. Foi o que fez com a imagem ‘Luz’ (em cima) que acaba de ser distinguida com o terceiro prémio num concurso realizado pela Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP). “O gosto pela expressão criativa a vários níveis vem de muito cedo”, já o interesse pela fotografia “remonta ao tempo das máquinas fotográficas de rolo”, confessa Celso Pires Ribeiro, de 40 anos, também responsável de formação em enfermagem. Nunca fez uma exposição e esta foi a primeira vez que participou num concurso: “É sobretudo um hobby que desenvolvo mais quando faço viagens, mas também em contexto laboral, a fim de criar raízes e espírito de equipa”, afirma. Foi esse espírito de equipa que proporcionou a imagem agora premiada e que já antes vencera um concurso de fotografia restrito aos colaboradores da Luz Saúde, a propósito do Dia Mundial do Coração. Para realizar a foto, Celso Pires Ribeiro contou com a colaboração de Andreia Martins Osako, Carolina Tena e Pedro Faias, seus colegas enfermeiros no Hospital da Luz Setúbal. Restrito a profissionais de saúde em instituições privadas, este concurso de fotografia digital foi realizado pela APHP como forma de assinalar a realização em Portugal do 46.º Congresso Mundial dos Hospitais, no final de outubro. As imagens tinham de retratar a atividade hospitalar, pretendendo-se “motivar a expressão artística em meio hospitalar, assim como fomentar, reconhecer, premiar e difundir a criatividade dos apaixonados pela fotografia entre os profissionais da hospitalização privada”. O júri distinguiu os três melhores trabalhos e selecionou mais sete para estarem em exposição durante o referido congresso e serem divulgados nos meios de comunicação da APHP. O primeiro e o segundo prémios foram atribuídos, respetivamente, a profissionais do Hospital Terra Quente (Mirandela) e do Hospital dos Lusíadas Lisboa Óscar Gaspar, presidente da APHP, agradeceu a todos os participantes e felicitou-os: “Tivemos o gosto de receber dezenas de fotografias de grande qualidade e sensibilidade e é para nós muito gratificante testemunhar como os profissionais dos hospitais vivem tão intensamente a sua profissão, participam na vida das organizações e, acima de tudo, privilegiam a humanização dos cuidados”.
