Saber quais são as rotinas do doente e os seus gostos até ao momento em que foi diagnosticado com cancro e verificar se tem um cuidador são também preocupações do médico oncologista e dos enfermeiros desta área quando estabelecem o plano de tratamentos. “Estes cuidados são tão ou mais importantes que todos os fármacos que nós possamos propor ao doente”, como explicou a oncologista Sónia Rego no Porto Canal, durante o programa “Consultório”, em que participou juntamente com a enfermeira Isabel Novais. Ao longo de programa, as duas profissionais do Hospital da Luz Arrábida abordaram os cuidados a ter com o doente oncológico a vários níveis. “A oncologia tem evoluído muito do ponto de vista dos tratamentos, mas tão ou mais importante é que o doente esteja o melhor possível. Não podemos pensar só em tratar a doença, temos também de garantir a melhor qualidade de vida. Como médica, eu tenho a obrigação de saber as toxicidades que pode ter e avaliar aspetos como a capacidade para estar em casa, se tem apoio familiar ou de amigos, como são as refeições, etc.”, afirmou Sónia rego. “Procuramos que haja um equilíbrio entre os tratamentos da quimioterapia e os seus efeitos com a qualidade de vida do doente. Tentamos manter as rotinas e a atividade diária e adaptar sempre o cumprimento do protocolo dos tratamentos” , explicou, por seu turbo, Isabel Novais. “Temos de tratar o doente, mas adaptando cada efeito lateral, ao próprio e a quem o acompanha” e isso implica “criar uma relação empática, saber escutar, estar atento à comunicação verbal e não verbal e criar estratégias para o doente lidar com esta fase da vida”, acrescentou. Veja o programa “Consultório” com Sónia Rego e Isabel Novais .