Daniele Oliveira , médica oftalmologista do Hospital da Luz de Setúbal, concluiu o doutoramento em Farmácia (especialidade de Sócio Farmácia), na Universidade de Lisboa. A sua tese – intitulada ‘Análise de segurança do filtro solar salicilato de octilo em oftalmologia’ – mereceu a aprovação do júri, por unanimidade, com distinção e louvor. O salicilato de octilo é um composto orgânico usado como ingrediente em protetores solares e cosméticos por absorver o raio ultravioleta B. Atualmente, os protetores solares que se encontram no mercado podem ser utilizados nas pálpebras, mas não estão indicados para a superfície ocular. Por isso, no caso de o protetor entrar em contacto com os olhos, estes devem ser lavados imediatamente. Na base da investigação que Daniele Oliveira realizou durante a elaboração da tese, esteve, conforme explica, “ a necessidade de desenvolver um protetor solar seguro para uso oftálmico (pálpebras e olhos), tendo em conta o crescente número de tumores de pele palpebral e conjuntival, sendo a radiação ultravioleta o principal fator de risco”. A formulação foi desenvolvida na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e foi patenteada. Orientaram a tese de doutoramento, que foi defendida a 18 de janeiro deste ano, Diogo Sousa-Martins, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) e Helena Cabral-Marques, também da FFUL. Na foto em cima, a nova doutora e o júri: Helder da Mota Filipe (FFUL e bastonário da Ordem dos Farmacêuticos), Helena Cabral-Marques, Daniele Oliveira, Maria Alexandra Brito (FFUL), Jaime Conceição (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve) e Diogo Sousa-Martins e ainda Miguel Burnier (Universidade McGill, Montreal, Canadá) e André Reis (ANVISA, Brasil), que participaram na sessão por videoconferência.