O Hospital da Luz Aveiro tem agora uma unidade dedicada a doenças dos membros superiores (mão, punho, ombro e cotovelo) constituída por especialistas com diferenciação nesta área, além de todos os meios necessários para um diagnóstico correto e um tratamento eficaz. Este projeto envolve diversas áreas clínicas, como Medicina Física e de Reabilitação (MFR), Ortopedia, Radiologia/Imagiologia e Reumatologia. “Estamos a lidar com patologia que frequentemente necessita de uma resposta multidisciplinar. Na consulta, muitas vezes deparamo-nos com doentes que beneficiam dos cuidados médicos de várias especialidades”, afirma Vítor Vidinha , coordenador desta unidade e ortopedista no Hospital da Luz Aveiro, explicando ainda: “Por isso, sentimos que haveria um ganho para os doentes se a resposta diagnóstica e terapêutica fosse integrada e se pudesse haver uma comunicação coordenadora e efetiva entre os vários envolvidos no tratamento. Com a criação desta unidade, pretendemos otimizar a resposta ao doente com patologia do membro superior ”. A equipa multidisciplinar é constituída por Catarina Ambrósio (reumatologista), Inês Campos (MFR), José Bernardes (reumatologista), Nelson Albuquerque (MFR), Nuno Sampaio Gomes (ortopedia) e Pedro Belo Oliveira (radiologista), além do coordenador Vítor Vidinha. A unidade disponibiliza várias técnicas e tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos, entre os quais: Hidrodisseção nervosa; Infiltrações ecoguiadas; Hidrodistensão da cápsula do ombro; Barbotage (plasma rico em plaquetas); Punção seca; Mesoterapia, ondas de choque e artroscopia diagnóstica e terapêutica. A patologia dos membros superiores é bastante frequente e com origens diversas – incluindo desde problemas traumáticos ou degenerativos até os que estão relacionados com doenças reumatológicas sistémicas. Entre todos, destacam-se a osteoartrose das mãos (que afeta 13% dos homens e 26% das mulheres) e a tendinite do ombro (em 31% dos homens e 43% das mulheres). “O surgimento de constrangimentos associados à utilização dos membros superiores – por afetarem as atividades essenciais no dia a dia – faz com que sejam frequentemente procurados cuidados médicos. As caraterísticas anatómicas desta parte do corpo humano e a especificidade da respetiva patologia explicam, em parte, a dificuldade que surge muitas vezes em atingir os resultados terapêuticos desejados”, afirma Vítor Vidinha. Ora, “a observação e o tratamento por uma equipa de clínicos que se dedique particularmente a esta área anatómica otimizam o diagnóstico e o tratamento”, conclui. Na foto em cima, Vítor Vidinha, Inês Campos, Catarina Ambrósio, Nuno Sampaio Gomes e Nelson Albuquerque. Saiba mais sobre esta nova área dedicada.