As técnicas cirúrgicas para remoção de nódulos e tumores malignos da tiroide tiveram um grande avanço nos últimos anos e desde 2014 que o cirurgião Jaime Vilaça executa no Hospital da Luz Arrábida a tiroidectomia endoscópica transaxilar – uma técnica cirúrgica endoscópica, vídeo-assistida, de abordagem remota do pescoço, que não deixa cicatriz visível . “Somos um dos grupos hospitalares com mais volume de doentes tratados na Europa com esta técnica”, afirma Jaime Vilaça, cuja equipa realizou recentemente a 200ª cirurgia deste tipo. Os nódulos e tumores malignos da tiroide são doenças comuns , mas com elevada incidência em adultos jovens e com um grande impacto em termos de qualidade de vida. “Há doentes que recusam fazer a intervenção à tiroide porque lhes vai mutilar o pescoço. Esta técnica não deixa marcas, não mutila tanto, e tem um pós-operatório mais favorável”, explica Jaime Vilaça. Em comparação com a cirurgia tradicional ( cervicotomia ) da tiroide, a tiroidectomia endosc ópica por via axilar tem como vantagens: Um melhor resultado estético (ausência de cicatriz no pescoço, o que proporciona também maior discrição; Melhor precisão do cirurgião, decorrente de melhor visão (a imagem é otimizada na distribuição de luz e transmitida para um ecrã de alta-definição que amplia o tamanho das estruturas mais de dez vezes); Segurança máxima, com neuromonitorização do nervo que enerva a corda vocal do lado operado, melhorando a sua preservação e qualidade vocal do doente. Também permite fazer fluorescência das glândulas paratiroides, assegurando a irrigação sanguínea destas pequenas glândulas. Rápida recuperação e pouca dor no pós-operatório, que se controla com paracetamol. Na foto em cima , a equipa do Hospital da Luz Arrábida: Paulo Vilarigues (técnico de neuromonitorização), enfermeira Cátia Rodrigues (instrumentista), Jaime Vilaça (cirurgião principal), Susana Graça (cirurgiã) e Nuno Alegre (anestesista).