Filipa Malheiro , especialista em Medicina Interna do Hospital de Luz, concluiu o doutoramento em Ciências da Saúde - Medicina, no passado dia 1 de julho, na Faculdade de Ciências Médicas/Nova Medical School da Universidade Nova de Lisboa. Na tese – que tem por título “Immunomodulation in acute pancreatitis: how can cytokines, B cells and T cells predict the severity of disease" –, a médica estudou a evolução da pancreatite aguda e sua relação com alterações das células B e T e citocinas no sangue periférico dos doentes. O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e do sistema endócrino, situada junto do estômago, e tem como funções principais produzir o suco pancreático que contém enzimas usadas na digestão de alimentos e produzir hormonas, das quais a mais conhecida é a insulina (que regula a glicemia, o nível de açúcar no sangue). A pancreatite é uma doença caracterizada pela inflamação do pâncreas e pode ser aguda (com duração relativamente curta) ou crónica (quando a inflamação persiste durante anos). Os mecanismos patogénicos ainda não são completamente conhecidos. Na sua investigação, Filipa Malheiro estudou como as citocinas, células B e células T podem ajudar a prever a gravidade da pancreatite aguda. Nas conclusões, a médica destaca que “os linfócitos B e T e as citocinas do sangue periférico dos doentes com pancreatite aguda sofrem alterações ao longo da evolução da doença e estão relacionados com a gravidade da doença e o tempo de internamento”. Os trabalhos desta tese contaram com o apoio do Programa de Investigação Clínica Luz Saúde. Na foto em cima, a nova doutora e os membros do júri das provas de doutoramento: Paulo Paixão (Faculdade de Ciências Médicas/Nova Medical School – FCM/NMS), Vasco Barreto (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazal), Inês Chora (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto), Lèlita Santos (Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), Luís Miguel Borrego (FCM/NMS) e Roberto Palma dos Reis (FCM/NMS).