Maria Carolina Paulino , especialista em Medicina Interna e em Medicina Intensiva do Hospital da Luz, concluiu o doutoramento em Medicina (ramo de Investigação Clínica - Medicina Intensiva), no passado dia 20 de fevereiro, na Faculdade de Ciências Médicas/Nova Medical School (FCM/NMS) da Universidade Nova de Lisboa. A sua tese, que tem por título “ Avaliação do delirium em Medicina Intensiva, importância da classificação sintomática e temporal no outcom e” – mereceu a aprovação do júri, por unanimidade e distinção. Nos trabalhos para o doutoramento, a médica fez uma avaliação da prevalência de delirium em unidades de cuidados intensivos em Portugal e das práticas clínicas associadas à analgesia, sedação e delirium . Estudou ainda a trajetória dos doentes com delirium subsindromático precoce e as consequências, ao nível da sua capacidade funcional e cognitiva, ao fim de três e seis meses de terem alta hospitalar. Da investigação realizada, Maria Carolina Paulino concluiu que : O delirium e o delirium subsindromátic o não são avaliados de forma rotineira nas unidades de saúde em Portugal. A excessiva sedação dos doentes críticos, principalmente com a utilização de benzodiazepinas, pode contribuir para uma prevalência do delirium acima da que foi detetada. O delirium subsindromático é uma encefalopatia aguda (disfunção cerebral) frequente no doente crítico, que conduz a piores desfechos durante o internamento e após a alta hospitalar e cuja progressão para delirium está associada a pior prognóstico. Na foto em cima , a nova doutora e os membros do júri: Luís Coelho (FCM/NMS), Pedro Póvoa (da FCM/NMS e orientador da tese), Maria Carolina Paulino, Jaime Branco (da FCM/NMS e presidente do júri), Susana Fernandes (Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa) e Albino Maia (FCM/NMS) e, por videoconferência, Cristina Granja (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) e Rodrigo Serafim (Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro).