Nasceram 255 bebés no Hospital da Luz Lisboa, em março de 2020. O maior número de partos num só mês, desde que o Hospital da Luz Lisboa abriu portas. Para os bebés e para as mães, o mundo continua a girar, apesar da COVID-19 . É uma alegria e um privilégio podermos continuar a assistir ao milagre da vida, dizem os profissionais do Hospital da Luz Lisboa. De facto, o bloco de partos do Hospital da Luz Lisboa registou, em março deste ano, 255 nascimentos, um número mensal recorde desde que o hospital abriu, em 2007. Neste mês, o número de partos aumentou 18%, em relação ao ano passado. O anterior recorde de nascimentos na maternidade do Hospital da Luz Lisboa tinha sido registado em julho de 2019 (254 bebés). Na conjuntura em que vivemos, de receio e muita indefinição causados pela pandemia de COVID-19, este recorde constitui, primeiro que tudo, “um sinal de esperança” para todos, como salienta Paula Arteaga , coordenadora do Bloco de Partos e Obstetrícia do Hospital da Luz Lisboa. A especialista aponta dois motivos principais para este número em março: a permissão de as grávidas manterem acompanhante e a segurança nos procedimentos. “Tivemos grávidas que preferiram a nossa maternidade em vez de outras, públicas ou privadas, por mantermos a possibilidade de terem acompanhante durante o trabalho de parto. E isto porque adotámos normas especiais que permitem aos acompanhantes estarem com as mães até à alta, com mobilidade naturalmente restrita. A questão da segurança também pesa na hora de escolherem a nossa maternidade: temos bem definidos e controlados os circuitos do hospital para que mães, acompanhantes e profissionais de saúde vivam cada nascimento em total segurança. Temos até um circuito independente e dedicado às mães que testem COVID-19 positivo ou que tenham um quadro clínico suspeito”, explica Paula Arteaga. A coordenadora do Bloco de Partos do Hospital da Luz Lisboa revela, por outro lado, que o seu serviço está a receber muitas mulheres que estão agora em início de gravidez, com muitos partos previstos para novembro – notando aqui uma tendência de crescimento indicadora de que vai mesmo haver um fenómeno de “bebés da quarentena”. Em cima, na foto, Helena Vieira (enfermeira), Teresa Durães (gestora do serviço), Vera Ponte e Laura Fernandes (enfermeiras), Nuno Mendonça (responsável administrativo), Rute Matos (enfermeira responsável do Bloco de Partos), Leonor Santos (médica ginecologista) e Paula Arteaga .