“Saúde baseada em valor em ação: a necessária e crescente disrupção do status quo» é o título do artigo publicado no passado dia 22 de maio no prestigiado New England Journal of Medicine (NEJM) onde Filipe Costa, diretor do programa da Luz Saúde ‘Valor em Saúde’ , é entrevistado por um dos editores chefes da revista médica, Thomas H. Lee. No artigo, escrito em formato de entrevista feita a partir da conversa mantida entre o diretor da Luz Saúde e o especialista do NEJM no podcast Catalyst, Filipe Costa descreve detalhadamente o programa ‘Valor em Saúde’ que está a desenvolver no Grupo Luz Saúde, explicando os passos que são necessários para implementar esta nova forma de organizar a prestação de cuidados e as equipas de profissionais de saúde envolvidas no tratamento dos doentes. Ligado a vários projetos científicos nesta área, o diretor da Luz Saúde afirma que, perante a atual crise vivida em todos os sistemas de saúde, a mudança para uma saúde baseada em valor em ação é «a disrupção necessária» nas organizações de saúde e nos seus sistemas de saúde, no seu todo . Na Luz Saúde, explica na entrevista a Thomas H. Lee, “durante vários anos investigamos este tema, mas neste momento já estamos a gerir cerca de 40 patologias de acordo com a metodologia do valor em saúde”. “No início foi difícil, porque é difícil mudar a cultura organizacional de uma empresa”, diz, na mesma entrevista. No entanto, acrescenta, a Luz Saúde desde há muito “integrou o conceito de cuidados de saúde baseados no valor na sua missão e visão (…) e sempre quisemos ser reconhecidos como uma referência na excelência clínica e na integração dos cuidados com o ensino e a investigação, com o objetivo de alcançar os melhores resultados para os doentes ao custo adequado com a menor variância”, explica. “Acabámos por conseguir captar a atenção dos nossos líderes clínicos e de gestão, criando um ambiente envolvente e de confiança”, que permitiu fazer com que a mudança fosse “um propósito comum”. A redução da variabilidade dos comportamentos clínicos, através de protocolos e percursos clínicos bem desenhados, e a manutenção, ao longo do tempo, desta variabilidade “permitiu gerar melhores resultados na cadeia de valor” e, no final, “oferecer aos nossos doentes os melhores resultados com os custos corretos”, afirma o diretor da Luz Saúde, salientando ainda a importância de “alinhar todo o ecossistema” num propósito de sustentabilidade, nesta “cultura centrada no doente”. Leia o artigo e ouça o podcast Catalyst com Filipe Costa .