As doenças oncológicas, ou cancro, podem ser tratadas com tratamentos locais (cirurgia e radioterapia) e com tratamentos sistémicos, como é o caso da quimioterapia, em que são usados medicamentos com efeitos tóxicos marcados nas células tumorais e que, por isso, as destroem . Ora, se “o cancro já tem algum estigma, a quimioterapia também e nota-se que há doentes que resistem a este tratamento”, afirmou Sónia Rego no Porto Canal, no programa “Consultório”, emitido a 17 de maio. “Infelizmente, ainda há quem diga ‘prefiro morrer a fazer quimioterapia’”, disse a oncologista do Hospital da Luz, defendendo, por isso, que os doentes devem fazer todas as perguntas e serem devidamente esclarecidos pelos médicos. “A verdade é que o cancro é uma doença agressiva e, para a combatermos, temos de usar medicamentos agressivos. Mas são tratamentos necessários e com eficácia comprovada através de estudos científicos”, salientou. “Habitualmente, há uma reunião do grupo de médicos dedicados aos tratamentos oncológicos e que, baseados nas orientações científica mais atuais e nas características do tumor, estabelecem a orientação terapêutica adequada ao doente (consoante, por exemplo, a idade, existência de outras doenças, etc.). Quando os médicos propõem a quimioterapia, já estão a pôr nos pratos da balança o risco e o benefício – e estão convencidos de que o benefício será maior do que o risco. Muitas vezes a quimioterapia tem efeitos secundários, sim, mas o doente ultrapassará isso se já estiver devidamente preparado pela equipa médica”, explicou. Que tipos de quimioterapia existem? Qual a diferença entre quimioterapia oral e endovenosa? Faz engordar? O cabelo cai sempre? E causa infertilidade? Estas foram algumas das questões a que Sónia Rego respondeu ao longo da entrevista. Sónia Rego no Porto Canal