“ A maneira como se vive uma doença é diferente de pessoa para pessoa. Ora, o médico internista tem como particularidade ocupar-se do doente e não da doença – e às vezes a doença não é só uma, ou pode ser parte de uma doença que tem maior expressão num órgão ou noutro. O papel da Medicina Interna é, precisamente, ter uma visão integradora do doente ”, explicou António Carneiro , em entrevista ao Porto Canal, a 24 de outubro, no programa ‘Consultório’. Médico internista e intensivista, o diretor clínico do Hospital da Luz Arrábida, falou ainda dos diferentes planos de intervenção da Medicina Interna – desde o serviço de urgência ao internamento –, e o tipo de doenças que mais acompanha. A Medicina Interna é a especialidade médica com mais especialistas (cerca de 3 mil). Dedica-se a doentes adultos, em especial a prevenção, diagnóstico e orientação de terapêuticas não cirúrgica em doenças de vários órgãos e sistemas. Intervém, assim, em praticamente todos os problemas médicos. “A maior parte das doenças que hoje acompanhamos na Medicina Interna não são curáveis, mas são tratáveis. São doenças crónicas” , explicou António Carneiro, elencando alguns dos principais desafios do médico internista: Ter uma visão integradora do doente; A partir dessa visão integrada, conseguir conjugar sintomas, sinais, história do doente, etc., e chegar ao diagnóstico precocemente, para ter mais ‘armas’ no tratamento; Gerir o doente recorrendo a parcerias com outras especialidades médicas (dando como exemplo disso a Consulta de Insuficiência Cardíaca do Hospital da Luz Arrábida, em que é fundamental a parceria da Medicina Interna com os cardiologistas, arritmologistas e imagiologistas); A gestão do internamento hospitalar, com quase todo o tipo de doentes. Veja a entrevista de António Carneiro no Porto Canal: 1ª parte do programa Consultório 2ª parte do programa Consultório