Alexandra Bayão Horta , diretora do Serviço de Medicina Interna do Hospital da Luz Lisboa, concluiu, a 17 de fevereiro deste ano, o doutoramento em Medicina (Investigação Clínica), na Faculdade de Ciências Médicas (Nova Medical School) da Universidade Nova de Lisboa. A sua tese, que mereceu a aprovação unânime do júri, com distinção e louvor, aborda a “Cogestão em Cirurgia Colorretal”. A investigação desenvolvida na tese de doutoramento encontrou modelos de apoio à decisão para a seleção de doentes de cirurgia colorretal para cogestão. Foram construídas duas ferramentas de apoio à decisão clínica, uma a aplicar em fase pré-operatória e uma em fase pós-operatória. Ambas as ferramentas estão disponíveis em aplicações informáticas (uma em Power-BI e uma calculadora online) para utilização prática. A cogestão consiste na organização da colaboração interdisciplinar nos cuidados aos doentes internados, na qual duas especialidades assumem a responsabilidade clínica do tratamento e gestão clínica do doente. Mais frequentemente a cogestão é aplicada entre especialidades médicas e cirúrgicas, mas é aplicável a outras especialidades em função das necessidades dos doentes. Nas conclusões, Alexandra Bayão Horta salienta, entre outros aspetos, que estes modelos de apoio à decisão “permitem codificar de forma explícita o conhecimento implícito existente nos médicos de uma organização, conferindo robustez à organização, capacidade de disseminação do conhecimento codificado, objetivação (que permite auditoria e melhoria contínua) e agilização da integração da evidência objetiva com a expertise individual”. Miguel Xavier e Ana Luísa Papoila, da Nova Medical School, e Susana Vieira, do Instituto Superior Técnico foram os orientadores da tese. Alexandra Bayão Horta é médica fundadora do Hospital da Luz Lisboa e, além de diretora do Serviço de Medicina Interna (desde 2016), é diretora do Internato Médico. Na especialidade de Medicina Interna, tem como áreas dedicadas as doenças autoimunes e a cogestão de doentes internados. Na foto em cima , a nova doutora e o júri: José Mendes de Almeida, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), José Pereira Miguel (FMUL), António Sousa Guerreiro (Nova Medical School), Alexandra Bayão Horta, Ana Luísa Papoila (Nova Medical School) e João Miguel Sousa (Instituto Superior Técnico).