O cancro do pulmão continua a ser o tumor mais mortal no mundo e Portugal não é exceção. Sendo uma doença ‘silenciosa’ que demora tempo a dar sintomas , é preciso estar consciente dos fatores de risco – com o tabaco à cabeça – e haver uma vigilância médica regular , como explicou Sónia Rego , médica oncologista do Hospital da Luz, no programa “Consultório”, emitido a 1 de agosto pelo Porto Canal. “ A precocidade e a rapidez no diagnóstico ” são decisivas para se obter um melhor prognóstico e resultados no tratamento, salientou a especialista, que é médica oncologista no Hospital da Luz Arrábida e Hospital da Luz Clínica do Porto. “Quanto mais exaustivos formos na caracterização do tumor, melhor será a adequação do tratamento”, acrescentou, explicando os exames que são usados para se fazer o diagnóstico. Entre os principais sintomas que devem levar os doentes a procurarem um médico, destacam-se: Tosse persistente ou diferente do habitual; Expetoração persistente ou diferente da habitual (com sangue ou de cor amarela escura); Rouquidão e alterações da voz; Perda de peso ou de apetite sem explicação. A oncologista abordou os fatores de risco da doença, destacando o tabaco como o mais significativo e evidenciando a importância da Consulta de Cessação Tabágica no processo de deixar de fumar. Abordou ainda os casos de tumores que são ditados maioritariamente pela hereditariedade. Quanto aos tratamentos possíveis , “verificou-se uma revolução recente com a introdução da imunoterapia”, mas, alertou, esta terapêutica nem sempre é a mais indicada para determinadas patologias. Sónia Rego no Porto Canal