A endometriose afeta 10% a 15% das mulheres em idade fértil, mas é muitas vezes subdiagnosticada ou então diagnosticada tardiamente, devido à tendência para desvalorizar as dores e o mal-estar que provoca, sobretudo durante o período menstrual. O tema esteve em foco recentemente num dos programas da série Histórias Clínicas do canal S+ (Saúde Mais) , que é apresentado às segundas-feiras por Patrícia Isidro Amaral , médica do Hospital da Luz, sobre temas da sua especialidade, a Ginecologia-Obstetrícia. O programa da semana de 18 de novembro contou com a participação em estúdio de Filipa Osório (ginecologista do Hospital da Luz, especialista em cirurgia minimamente invasiva em doentes com endometriose, miomas uterinos e patologia benigna) e reportagens realizadas no Hospital da Luz Lisboa com Inês Reis (ginecologista-obstetra que também se dedica à ecografia ginecológica) e Adalgisa Guerra (médica radiologista, responsável pela unidade de imagem urogenital). Incluiu ainda testemunhos de doentes. A endometriose é uma doença crónica em que se desenvolve fora do útero tecido semelhante ao do revestimento deste. Antes da prescrição de exames complementares de diagnóstico, salientou Filipa Osório, “ é fundamental o médico conhecer a história destas mulheres ”. É que o quadro clínico de uma mulher com endometriose “não é igual” ao de outra e as manifestações e consequências da doença “são diferentes e têm de ser interpretadas à luz de outros fatores”, acrescentou. A ecografia ginecológica é o exame complementar de diagnóstico que deve ser realizado em primeira linha pelas mulheres com sintomas de endometriose e depois a ressonância magnética , que permite caracterizar melhor as lesões. Os tratamentos a efetuar “dependem dos objetivos de cada mulher” e da sua idade (se pretende engravidar ou não, por exemplo), sendo um deles a terapêutica hormonal. Programa Histórias Clínicas sobre endometriose