Tânia Rodrigues, médica oncologista do Hospital da Luz, foi entrevistada no programa Edição da Manhã da SIC Notícias de dia 13 de novembro, a propósito do Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, que se assinala, este ano, pela primeira vez, a nível internacional. Sobre esta doença, que tem uma taxa de mortalidade muito elevada e regista cerca de 1200 novos casos por ano em Portugal, a oncologista disse que os avanços terapêuticos têm sido muito reduzidos, apesar de alguns progressos recentes. Para a elevada mortalidade do cancro do pâncreas contribui o facto de a maioria dos casos ser detetada tardiamente, numa fase avançada da doença, quando esta já se disseminou para outros órgãos, sendo a cura muito difícil. A deteção tardia deve-se principalmente à circunstância de ser assintomática nas suas fases iniciais. Tânia Rodrigues referiu, a propósito, que os médicos podem ser alertados por sintomas inespecíficos como dores abdominais, falta de apetite, emagrecimento acentuado sem explicação, entre outros, mas que também podem estar associados a várias outras doenças. Muitas vezes, disse, a deteção da presença de tumores no pâncreas em fases iniciais é acidental, em exames de rotina. Em fases mais avançadas, sintomas como alterações no tom da pele (amarelada), na cor da urina (mais escura) e nas fezes (mais claras), podem indiciar doenças do pâncreas. Quanto a fatores de risco, apesar de ainda não existir uma evidência clínica inequívoca, o tabagismo, o consumo de álcool, a obesidade e alguns fatores genéticos podem estar associados ao aparecimento de tumores do pâncreas. Assista aqui à entrevista completa.