Pedro Miguel Carrapato, enfermeiro coordenador da área cirúrgica e do serviço de medicina intensiva do Hospital Beatriz Ângelo (HBA), concluiu, a 16 de novembro, o doutoramento em Administração Pública (especialidade de Administração da Saúde), no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa. É o primeiro enfermeiro da equipa do HBA a concluir as provas de doutoramento. Na sua tese, que foi aprovada por unanimidade pelo júri das provas de doutoramento, Pedro Miguel Carrapato investigou a “A influência da responsabilidade social na governance hospitalar – perceção dos colaboradores como evidência”. O júri, presidido por António de Sousa Lara, foi constituído por João Catarino, Fernanda Nogueira, Pedro Correia (orientador da tese) e José Luís Nascimento, todos do ISCSP, além de Sofia Portela, do ISCTE Business School, e Sulivan Desirée Fischer, do Centro de Ciências da Administração e Socioeconómicas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Brasil). Conclusões da investigação desenvolvida por Pedro Miguel Carrapato De forma geral, os colaboradores dos hospitais incluídos na amostra do estudo (21 hospitais, centros hospitalares, públicos e privados) entendem que: Para melhorar a governance hospitalar, deve investir-se em áreas como os recursos e estrutura, o ambiente institucional, a independência/autonomia e o desempenho (por esta ordem de importância). A área da responsabilidade social, embora tenha um nível elevado de importância na governance hospitalar, ocupa um nível de prioridade inferior às áreas referidas. Há certos aspetos de nível elevado de importância e em que há necessidade de maior investimento ao nível da governance hospitalar, tais como: oportunidades para os profissionais de saúde atualizarem conhecimentos; alocação de recursos humanos nos hospitais em número adequado para as necessidades; adequação dos recursos humanos e tecnológicos às necessidades de saúde da população; acordos de cooperação entre várias instituições de saúde para troca de informação e partilha de experiências; contribuição efetiva dos sistemas de avaliação já existentes (SINAS e Análise de Benchmarking , IAmetrics) para a avaliação do desempenho da qualidade dos hospitais; disponibilização aos profissionais de saúde de melhores condições de saúde e segurança no trabalho, além de salários compatíveis com a responsabilidade dos cargos exercidos.